Estertejo

O projeto Estratégias de Ocupação do Território no Holocénico no Médio Tejo, visa caracterizar as escolhas estratégicas na ocupação do território no Médio Tejo português ao longo do Holocénico.

Os dois grandes objetivos são:

1) Determinar qual o uso do território ao longo do Holocénico com foco especial em momentos de transição (e.g., Mesolítico/Neolítico, Neolítico/Calcolítico, Idade do Bronze Final/ Primeira Idade do Ferro), do ponto de vista do uso e gestão dos recursos bióticos e abióticos, da escolha de ambientes, localização e caracterização  das ocupações, e da marcação do território;

2) Caracterizar as dinâmicas e transformações culturais e tecnológicas ocorridas ao longo deste período, relacionando-as com os padrões de ocupação do território e gestão dos seus recursos. Os resultados obtidos em vários projetos de investigação, plurianuais e individuais, financiados pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, e nos então Planos Nacionais de Trabalhos Arqueológicos TEMPOAR, TEMPOAR II, S.I.P.O.S.U., Rup.Tejo e C.A.I.T.A.R., demonstram a necessidade de prosseguir e aprofundar a investigação no Médio Tejo Português, com um especial foco no Holocénico.

Em particular, considerando a falta de dados para uma melhor compreensão das dinâmicas de ocupação do território entre o Epipaleolítico e o Neolítico, e o estado inicial da investigação sobre a Idade do Bronze que, tendo já produzido alguns resultados, carece de uma investigação aprofundada nesta região. O projeto planeia, para a recolha de dados, escavações em sítios do Médio Tejo já intervencionados em anteriores investigações e sítios identificados em recentes prospeções que apresentem as seguintes características:

1) serem paradigmáticos para os períodos da PréHistória Recente e início da ProtoHistória,

2) terem excelentes potencialidades informativas. Os sítios selecionados são: a Gruta do Cadaval (Tomar), a Anta 1 de Val do Laje (Tomar), o sítio de Salvador (Abrantes), o Castelo Velho da Zimbreira (Mação) e o Castelo do Santo (Mação).

Serão também efetuadas prospeções nas três unidades geológicas e geomorfológicas (Maciço Calcário, Bacia do Tejo e Maciço Hespérico), zonas emblemáticas para a ocupação humana na região, com vista à identificação de novas ocupações e manifestações de Arte Rupestre. Para o tratamento dos dados estão previstas três etapas:

1) o estudo tecnomorfológico e arqueométrico do material arqueológico recolhido,

2) datações de sedimentos e materiais orgânicos, 3) implementação de uma base de dados SIG.

A divulgação dos resultados far-se-á a três níveis:

1) divulgação científica, com publicação de artigos em revistas internacionais e com impact factor, apresentação de comunicações em encontros científicos internacionais e nacionais e publicação nas respectivas actas, e com a publicação de uma monografia final;

2) Socialização do Conhecimento, com atividades didácticas inseridas no programa dos Serviços Educativos do Museu de Mação, com outras atividades abertas a vários tipos de público, com a plataforma europeia TimeMaps e com uma exposição temporária final. Os meios logísticos serão garantidos pelos equipamentos do Instituto Terra e Memória, do Museu de Mação, da Câmara Municipal de Mação e do Centro de Geociências da Universidade de Coimbra. Os meios financeiros serão garantidos em parte com verbas do projeto MTAS financiado pela F.C.T. em 20162018, e em parte pelas instituições envolvidas.

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